sexta-feira, 26 de outubro de 2007
BALANGANDÃS
Vivemos num país folclórico por natureza, rico em superstições. As jóias e bijouterias estão resgatando com muito bom gosto uma peça extremamente típica de uma cultura mestiça como a nossa, os Balangandãs.
Alguns historiadores indicam seu surgimento na Bahia. São miniaturas de objetos, sinais e símbolos originalmente confeccionados em metal, normalmente ouro ou prata. Entre eles encontramos a figa, espada, animais, búzios e frutas, reunidos em uma argola também metálica. Seu nome, Balangandã, imita o som que produziam quando eram agitados pelos movimentos do corpo de quem os usava.
Corrente: símbolo da escravidão. afasta mau
Negras escravas os usavam amarrados à cintura em dias de festa.
Acredita-se que negros vindos da região do Islã foram os responsáveis pela produção desses ornamentos, eles conheciam técnicas de fundição e trabalho dos metais. Escravos vindos dessas regiões chegaram em grandes quantidades à Bahia.
Diz-se que os Balangandãs afastam o mau-olhado e forças negativas.
Por volta dos anos 70, uma peça marcante da Joalheria se inspirou neles. Os balangandãs eram então presos em grossas correntes de pulso, tudo em ouro. Eis a tão desejada Pulseira de Berloques! Cada miniatura era mais delicada do que a outra, meteoros, globos, carrinhos, luminárias, chupetas e acreditem, discos voadores...
Mas hoje eles estão de volta aos colos femininos, presos a cordões de couro ou correntes, nos mais diversos materiais e cores, podendo facilmente combinar com a Moda. E seguem bem de perto seus ancestrais afro-brasileiros, os símbolos são parecidos.
Um material utilizado com freqüência nos balangandãs modernos são pedras, cristais de quartzo, rosa, fumê ou mesmo em ágatas de diversas cores. E vale tudo, todas as religiões, crenças e superstições. Do crucifixo cristão, estrela de Davi, até os búzios, escaravelhos e moedas chinesas. O que importa é a fé.
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